é
um bairro na Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro. Como outros bairros
na cidade, surgiu e cresceu em função da expansão
da malha ferroviária. O nome do bairro deve-se ao antigo proprietário
de suas terras, Brás de Pina, que aqui mantinha um engenho de
açúcar no século XVIII. As terras da fazenda estendiam-se
até às margens da baía da Guanabara, estando o
seu nome ligado ao contrato de pesca das baleias. O seu contrato com
a Coroa portuguesa terminou em 1765, tendo sido arrematado por Pedro
Quintela. Enquanto durou, entratanto, fez construir o antigo Cais dos
Mineiros, para poder escoar tanto os seus açúcares quanto
o "azeite" (óleo) de baleia, usado na iluminação
pública.
A modernização do bairro ocorreu no início do século
XX, ganhando impulso quando foi inaugurada a antiga parada de Brás
de Pina, da Estrada de Ferro Leopoldina (5 de Setembro de 1910). A urbanização
foi encetada pela Companhia Kosmos Construtura, que adquiriu as terras
do antigo engenho e promoveu o loteamento do terreno, erguendo centenas
de bangalôs e casas em estilo neocolonial. Os técnicos
europeus, encarregados do projeto e das obras, dotaram o bairro de quarteirões
projetados para abrigar bosques de eucaliptos, ornamentando as ruas
ipês, sapucaias e flamboyants. Atualmente o bairro é dividido
pela linha férrea, cercado por muitas favelas O bairro se destaca
pela grande diversidade religiosa: ao lado de uma grande igreja católica,
registram-se grandes igrejas evangélicas e vários terreiros
de umbanda e candomblé.